Apesar das crises econômica e política, o mercado de chapas acrílicas no país deve fechar 2017 com resultados positivos.
Foram vendidas 8.000 toneladas de acrílico em 2017, resultado 8% superior ao comercializado no ano de 2016, quando foram vendidas 7.500 toneladas – segundo dados do INDAC – Instituto Nacional para Desenvolvimento do Acrílico.
O bom desempenho de 2017 quebra uma sequencia de três anos seguidos de queda – 2014 a 2016. Nestes anos, o setor viu as vendas despencando de 12.000 toneladas em 2013, para 10.500, 9.700 e 7.500, respectivamente.
Apesar do bom resultado, os produtores de chapas acrílicas nacionais não têm muito a comemorar. Isso porque, junto às vendas, cresceram também as importações. Tanto que, neste ano, elas ocupam a liderança do mercado, com 64% de participação. Ou seja, das mais de 8.000 toneladas de chapas acrílicas vendidas no país em 2017, 5.100 toneladas foram produzidas fora, longe das fábricas que geram emprego aqui no país. “Esse é um dado muito preocupante que precisa ser revertido urgentemente. Sem o produtor nacional todo o mercado e cadeia produtiva do acrílico ficam vulneráveis e tendem a morrer no país”, explica Carlos Marcelo Thieme, diretor-presidente do Indac.
Com demanda de menos de 3.000 toneladas por ano, os 18 produtores de chapas acrílica no país amargam ainda uma ociosidade de 12 mil toneladas. “Lutar pela maior proteção do mercado é importante, mas o setor precisa também assumir uma maior responsabilidade das vendas. Temos que juntar os elos que compõem essa cadeia e mostrar aos clientes as inúmeras qualidades do acrílico, plástico nobre e 100% reciclável”, conta Thieme, que completa: “Diversificar o leque de produtos, com medidas e cores menos comuns, e também de negócios, como têm feito algumas das nossas empresas associadas, têm sido alguns dos caminhos para evitar a concorrência nem sempre leal com produtos vindos de fora”, finaliza.