Um total de 12.101 toneladas de chapas acrílicas foram importadas e produzidas no país no ano passado. Isso significa um aumento de 13,8% em relação ao montante de 2021. O aumento foi puxado principalmente pelas importações. Em toda região latino-americana (do México à Argentina) o volume comercializado de chapas acrílicas foi de cerca de 44 mil toneladas
A importação e produção de chapas acrílicas no país cresceu 13,8% em 2022, passando das 10.630 toneladas de 2021 para um total estimado de 12.101 toneladas no ano passado. Mesmo considerando que o desempenho de 2021 havia sido 5,9% menor que em 2020, quando a importação e produção de chapas acrílicas no país chegou a 11.296 toneladas, o crescimento percentual de 2022 ainda assim é positivo, cerca de 7%. Tais valores incluem tanto as chapas acrílicas originais ou virgens, quanto as ecológicas, feitas através da reciclagem de sucatas e as chapas de superfícies sólidas.
Olhando os números com mais atenção, é possível perceber que a importação foi o grande responsável por esse crescimento. Pulou das 5.730 toneladas de chapas importadas em 2021, para 7.386 toneladas. Tais dados foram divulgados pelo ILAC – Instituto Latino-Americano do Acrílico – com base na informação do Comexstart (portal do Governo Federal sobre estatísticas de comércio exterior do Brasil). “Devido as incongruências entre as informações do sistema e de nossos associados percebemos que os dados do Comexstart precisariam ser ajustados”, explica João Orlando Vian, Executivo do ILAC. Segundo ele, os erros foram atrelados a mudança do sistema utilizado pelo Governo no ano passado.
A ampliação do volume de chapas, no entanto, não necessariamente aponta um crescimento direto do consumo final desse produto, como explicam Ralf Sebold, diretor da fabricante de chapas acrílicas Bold, e Marcelo Thieme, presidente do ILAC. Segundo eles, esse é um movimento que pode ser explicado principalmente pela aquisição de chapas para composição de estoques, principalmente de empresas varejistas.
Já no que diz respeito a produção de chapas acrílicas nacionais, o montante de 4.715 toneladas de chapas ficou abaixo do total produzido em 2021, com 4.900 toneladas. Essa diferença entre os produtos importados e nacionais reflete em boa parte as políticas de favorecimento tributário da importação, diz Vian.
O Brasil é o segundo maior mercado de chapas acrílicas da América Latina. O México lidera a lista com 13 mil toneladas ano, segundo dados do ILAC. A lista divulgada pela entidade ainda mostra que o mercado de chapas acrílicas na Colômbia é de 3.500 toneladas, sendo seguida pela Argentina, com 2.500 toneladas comercializadas, do Chile e do Peru, com 2.300 toneladas cada. Esse é o primeiro levantamento da entidade para toda a região, que ainda não contava com um levantamento na área. “Percebemos que o mercado latino-americano tem um potencial enorme de crescimento e queremos contribuir para que as empresas deste setor possam se aprimorar e alcançar seus objetivos. No que depender de nós, iremos trabalhar para que o acesso à informação seja prioridade”, finaliza Vian.