ILAC quer expandir sua atuação e representar empresas que atuam com outros tipos de chapas plásticas além do acrílico

As empresas que atuam no mercado de chapas acrílicas têm ao longo dos últimos anos diversificado seu portfólio e oferecido aos clientes muito mais do que chapas e itens feitos em acrílico, com isso, surge a necessidade do ILAC também de expandir sua atuação e buscar novas parcerias

O ILAC (Instituto Latino-Americano do Acrílico) deve passar por uma grande transformação nesses próximos meses. Isso porque a diretoria do Instituto percebeu a necessidade de ampliar sua atuação no mercado, voltando-se agora não apenas para o mercado produtor e transformador de chapas acrílicas, mas para boa parte do setor de chapas plásticas, como por exemplo o de chapas de policarbonato, PETG e de poliestireno. “Trazer para nosso grupo empresas e profissionais que até então eram vistos como concorrentes irá ampliar nossas oportunidades em trabalhar assuntos como a correta aplicação de cada um desses materiais”, ressalta João Orlando Vian, consultor executivo do ILAC.

Segundo Marcelo Thieme, vice-presidente da entidade, tal posicionamento também deve fortalecer as atividades institucionais e coletivas oferecidas pelo Instituto, que não atuaria mais na área de desenvolvimento de mercado – que foi o foco do ILAC desde sua criação, há 23 anos. Essas novas diretrizes, segundo ele, contribuiriam para que outras necessidades e demandas mais importantes para os empresários deste setor sejam ouvidas e trabalhadas junto a governos, entidades de capitação de crédito e de normatizações técnicas, por exemplo.

A expansão do propósito da entidade foi tema discutido em encontro da diretoria do ILAC no último dia 13, quarta-feira, no qual os presentes se mostraram confiantes. Eleandro Rostirolla, da Acrilmarco, empresa fabricante de chapas acrílicas sediada no Rio Grande do Sul, ressaltou o fato de que pelo menos 90% das empresas que atuam no setor de acrílico também trabalham com outros tipos de chapas plásticas. Assim, segundo ele, a abertura do Instituto para empresas representantes destes outros materiais é vista com bastante naturalidade, já que reflete as particularidades dos principais segmentos de atuação do acrílico, como comunicação visual, mobiliário e construção civil.

Como ressaltaram Roberto D’Amore, da Day Brasil, e Sandra Cavalcante, da Mitsubishi Chemical, é claro que essa não é uma mudança sem impactos e que, por isso, cada passo será avaliado pelo ILAC. Afinal, o Instituto que trabalhou duro para se tornar referência em informação técnica e idônea no mercado de chapas acrílicas agora precisa trabalhar com a disseminação de conhecimento correto de outros materiais, posicionando-se contra a desinformação que ainda persiste em muitos canais de mídia.

Quanto a isso, Vian diz que, antes mesmo que a ampliação do escopo se torne realidade, a entidade irá trabalhar para a formação de comitês engajados em discussões de temas que tragam valor aos associados, como o de comunicação visual, equipamentos e o de sustentabilidade, entre outros.

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